Madredeus

Madredeus – Biografia




Surgimento
Os elementos fundadores do grupo foram: Pedro Ayres Magalhães (guitarra clássica), Rodrigo Leão ( teclados), Francisco Ribeiro (violoncelo) falecido em Setembro de 2010, Gabriel Gomes (acordeão) e Teresa Salgueiro (voz). Magalhães e Leão formaram o grupo em 1985, Ribeiro e Gomes juntaram-se a eles em 1986. Na sua busca por uma vocalista, descobriram Teresa Salgueiro numa casa nocturna de Lisboa, quando esta cantava alguns fados numa reunião informal de amigos. Teresa foi convidada para uma audição e aí surgia o grupo, o qual ainda não tinha um nome. A proposta inicial era a de uma oficina criativa, à qual todos os músicos levavam suas ideias e compunham em conjunto os temas e arranjos. Em 1987, o local de trabalho do grupo, o Teatro Ibérico (antiga igreja do Convento das Xabregas, num bairro de Lisboa chamado Madredeus) serviu de estúdio de gravação para mais de quinze temas reunidos à época em um LP duplo, depois convertido para o formato de CD. Chamaram-no de Os Dias da MadreDeus e daí viria o nome do grupo. O carácter inovador do álbum fez com que os Madredeus se tornasse um fenómeno instantâneo de popularidade em Portugal à época.

Primeira fase

Concerto dos Madredeus em Aveiro, 1 de Agosto de 2005.
Em 1990 foi editado o segundo disco dos Madredeus, Existir, que teve na canção O Pastor um grande sucesso. Apesar disso, o grupo era relativamente desconhecido no estrangeiro. Isto mudou quando os Madredeus deram uma série de concertos na Bélgica onde decorria a Europália, uma exposição que no ano de 1991 foi dedicada à cultura portuguesa. Outro facto que contribuiu para que os Madredeus se tornassem conhecidos no estrangeiro foi o uso da canção “O Pastor” num filme publicitário na Grécia, à revelia do grupo. Seguiu-se um disco gravado ao vivo em Lisboa, no qual o grupo interpretava canções dos dois primeiros discos e incluía novos temas, um dos quais (“Mudar de Vida”) com a participação dos guitarristas Carlos Paredes e Luísa Amaro.

Em 1994 a banda lança O Espírito da Paz, um álbum que consolida o grupo no estrangeiro. O disco alcançou o primeiro lugar das tabelas de Espanha e levou o grupo a uma longa digressão internacional, a qual incluiu o Brasil e alguns países do Extremo Oriente .

Durante as sessões de gravação de O Espírito da Paz, que decorreram em Inglaterra, os Madredeus gravaram outro disco, que seria editado em 1995. Wim Wenders, impressionado com a música do grupo, tinha-os convidado para musicarem um filme sobre Lisboa, chamado Lisbon Story (no Brasil, “O Céu de Lisboa”; em Portugal, “Viagem a Lisboa”), do qual o grupo foi protagonista. A banda sonora deu ao grupo ainda maior projecção internacional.

Segunda fase

Em 1995, incorporam-se nos Madredeus os músicos Carlos Maria Trindade, no lugar do teclista Rodrigo Leão, e o guitarrista José Peixoto. Em 1996, Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes deixam o grupo e em 1997, os Madredeus gravaram o primeiro álbum com a nova formação, intitulado O Paraíso. No mesmo ano ingressa no grupo Fernando Júdice (baixo acústico).

Em 1998, o grupo foi convidado a ser a atracção do concerto de abertura da Expo’98 em Lisboa, ocasião na qual se apresentaram ao lado do tenor espanhol José Carreras. A parceria inusitada renderia outros encontros futuros.

O ano de 2000 marcou o lançamento do álbum Antologia, com canções de toda a discografia do grupo até então e mais duas canções inéditas: Oxalá e As Brumas do Futuro, tema do filme de estreia da actriz portuguesa Maria de Medeiros como directora, “Capitães de Abril”, sobre a Revolução dos Cravos.

Em 2001, o grupo lança Movimento, o segundo álbum de estúdio com a nova formação, e depois deste alguns álbuns experimentais que causaram acaloradas discussões entre os fãs e críticos: “Electrónico”, uma compilação de versões electrónicas das canções do Madredeus feitas por alguns dos músicos electrónicos de mais prestígio da Europa, e Euforia, um álbum duplo com canções gravadas ao vivo pelo grupo com a “Vlaams Symfonisch Radio-orkest”, Orquestra Sinfónica da Rádio Flamenga, da Bélgica.

Em 2004, os Madredeus entram em estúdio e de lá saíram canções suficientes para dois álbuns: “Um Amor Infinito”, dedicado aos fãs de todo o mundo, e “Faluas do Tejo”, este último sendo considerado uma homenagem à cidade de Lisboa, terra natal do grupo.

Ano sabático e projectos paralelos
O ano de 2007 foi um ano sabático para o Madredeus. Seus integrantes desenvolveram projectos paralelos ao trabalho da banda, como Teresa Salgueiro, que lançou naquele ano dois álbuns, ambos produzidos por Pedro Ayres Magalhães, e a dupla José Peixoto e Fernando Júdice, que criaram o grupo Sal unindo-se à voz de Ana Sofia Varela e a percussão de Vicky.

Os integrantes do Madredeus sempre tiveram liberdade para conduzir projectos paralelos ao grupo: Carlos Maria Trindade, Pedro Ayres Magalhães, José Peixoto e Fernando Júdice actuam frequentemente como produtores musicais. Trindade e Peixoto tem sólidas carreiras como solistas e, mais recentemente, José Peixoto e Fernando Júdice têm trabalhado em projetos conjuntos, como o álbum Carinhoso, no qual os dois músicos revisitam o repertório do compositor brasileiro Pixinguinha, e o supracitado grupo Sal.

Em 28 de Novembro de 2007, porém, o anúncio da saída de Teresa Salgueiro, Fernando Júdice e José Peixoto tomou os fãs do grupo de surpresa. Pedro Ayres Magalhães declarou à época que o futuro do grupo era incerto e que, na opinião dele, tornar-se-ia difícil pensar em um retorno sem a presença de Teresa Salgueiro, cuja voz se tornou emblemática para os Madredeus.

Madredeus & A Banda Cósmica
Em 2008, os Madredeus lançam um novo álbum, “Metafonia”. Após a saída de Teresa Salgueiro, Fernando Júdice e José Peixoto, Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade decidiram-se por não substituir esses músicos, mas sim criar um novo ensemble ao qual chamaram A Banda Cósmica2 , formada pelas cantoras Rita Damásio e Mariana Abrunheiro, Ana Isabel Dias na harpa, Ruca Rebordão na percussão, Sérgio Zurawski na guitarra eléctrica, Gustavo Roriz no baixo e contrabaixo, Babi Bergamini na bateria e Jorge Varrecoso como violinista convidado. Entretanto, este último participou apenas da temporada de lançamento do grupo no Teatro Ibérico, sendo substituído pelo violinista António Barbosa, que passou a fazer parte efectiva do grupo. Da última formação, apenas se mantiveram Pedro Ayres de Magalhães e Carlos Maria Trindade. O grupo lançou em 2009 o segundo álbum, “A Nova Aurora” mantendo a mesma formação. Em 2010 é lançado Castelos na Areia3 e é anunciado o fim do ciclo dos Madredeus iniciado com a Banda Cósmica.2 4

Madredeus com Beatriz Nunes
Em finais de 2011, é anunciada uma nova vida para os Madredeus. A nova formação mantem Pedro Ayres Magalhães (guitarra clássica) e Carlos Maria Trindade (sintetizadores), juntando-se Jorge Varrecoso (violino), António Figueiredo (violino), Luís Clode (violoncelo) e Beatriz Nunes (voz). A 2 de Abril do mesmo ano é lançado o “Essência”, que pretende celebrar os 25 anos de carreira do grupo com novos arranjos de clássicos.

Madredeus e os países lusófonos
No Brasil, o grupo ficou conhecido pelo grande sucesso de suas apresentações em casas de espectáculo por todo o país — sempre com lotação esgotada, em que pese a quase ausência das músicas do grupo nas rádios brasileiras — e também por suas apresentações ao ar livre, com destaque para os concertos que realizou no Pelourinho, em Salvador, Bahia (1995), na Praia de Icaraí, em Niterói, estado do Rio de Janeiro (1997) e no Parque do Ibirapuera, São Paulo, e na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (2000), ambas por ocasião das comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil. As canções do grupo também já foram tema de diversas produções televisivas no Brasil como a mini-série da Rede Globo de Televisão “Os Maias” (2001) (com as canções “Matinal”, “Haja o que Houver”, “As Ilhas dos Açores” e a canção que se tornou o tema de abertura da referida produção televisiva, a emblemática “O Pastor”).

O grupo também se apresentou em Angola, Cabo Verde e Macau.

IN wikipedia

Madredeus – O Pastor ao vivo

Madredeus
Lisboa, Coliseu dos Recreios
30.4.1991

Madredeus live in Belgrade, Serbia 2006, Part I

Madredeus

Artistas




Discografia Madredeus

Álbuns de estúdio
Os Dias da MadreDeus (1987)
Existir (1990)
O Espírito da Paz (1994)
Ainda (1995, banda sonora do filme Lisbon Story de Wim Wenders)
O Paraíso (1997)
Movimento (2001)
Um Amor Infinito (2004)
Faluas do Tejo (2005)
Essência (2012)

Madredeus e A Banda Cósmica
Metafonia (2008)
A Nova Aurora (2009)
Castelos na Areia (2010)

Ao vivo
Lisboa (1992, ao vivo, gravado no Coliseu dos Recreios em Lisboa)
O Porto (1998, ao vivo, gravado no Coliseu do Porto)
Euforia (2002, ao vivo, com a participação da Flemish Radio Orchestra)

Compilações
Antologia (2000, colectânea com duas canções inéditas)
Palavras Cantadas (2001, colectânea direccionada ao público brasileiro e abrangendo o trabalho do grupo entre os anos de 1990 e 2000)

Remixes
Electronico (2002) – releitura electrónica de vários temas do grupo
Colaborações[editar | editar código-fonte]
Filhos da Madrugada – Tema: “Maio Maduro Maio” (1994)




Pedro Ayres Magalhães’ Madredeus are back to the music scene with a new line-up that intends to revisit the legacy that they originally offered to the world, exactly when a series of initiatives are being prepared to signal 25 years of a brilliant career.
It’s the return to active duty of the most successful project on the contemporary Portuguese music scene, with a recovery of the aesthetic line that, as well as leading them to a special place in the hearts of the Portuguese people, allowed them to achieve that success way beyond Portugal.

Together with the keyboards of long time member Carlos Maria Trindade, and the strings of Jorge Varrecoso, António Figueiredo and Luís Clode (two violins and cello, respectively), Pedro Ayres Magalhães reactivates the Madredeus project with the discovery of an amazing new voice: that of Beatriz Nunes. Both the strings and the voice come from a classical background. The musicians have the experience of being part of the Symphonic Orchestra of the National Opera, and of the highly respected Lusitânia Ensemble, and are therefore used to mixing the classical and popular spheres; so they are capable of responding to the highly demanding standard set by Pedro Ayres Magalhães and Carlos Maria Trindade. The young Beatriz Nunes also brings a unique talent to the project , having studied both classical and jazz music formally, and she fits into the strict vision that never forgets the great history of the group.

Pedro Ayres reveals the plans for the new Madredeus formation: “We intend to present a show that travels through our entire published repertoire”. The musician that has run Madredeus since the beginning already claims to have more than 30 pieces, visiting each era of the band, ready for the stage.

This new line-up of Madredeus is already preparing a tour, both national and international, but there is also talk of new recordings. There are plans for an album that should include new material and also re-workings of classic songs. The album should be released in 2012.

In Madredeus Facebook Official

“We want to show the diversity of our repertoire”, reveals Pedro Ayres Magalhães, using the image of a multifaceted prism in movement to describe the work of Madredeus. “We want to travel with our music”, he concludes.

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